Ambiente, saúde e estratégias de territorialização entre os índios Baniwa do Alto Rio Negro
Resumo
O artigo analisa estratégias de territorialização empreendidas pelo grupo indígena Baniwa marcadas pela produção de fronteiras materiais e simbólicas entre as fratrias e sibs, segundo a perspectiva mítico cosmológica,da política do parentesco e das relações contato interétnico.O território nativo, entendido como espaço delimitado, produzido pela ação política de grupos sociais em disputa, oferece base física e simbólica à exacerbação das diferenças internas do grupo demarcadas pelo uso dos diacríticos contrastantes que também operam como resposta aos conflitos sociocósmicos expressos nas agressões xamânicas. A geografia mítica Baniwa expressa relações espacializadas com a alteridade cósmica e distinções hierarquizadas entre os consanguíneos que modulam a apropriação de recursos ambientais necessários à subsistência. Produziu também um conjunto de práticas tradicionais de cura e cuidados com a saúde, em que o território, a filiação étnica e a comensalidade têm papel primordial na manutenção da saúde.
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ISSN Impresso: 1519-9452 - até TELLUS ano 14, n. 27, jul./dez. 2014
ISSN Eletrônico: 2359-1943