A economia política do mercado verde na Amazônia indígena: a parceria Amazoncoop-The Body Shop sob a perspectiva do etnodesenvolvimento

Fabio Augusto Nogueira Ribeiro

Resumo


Como resultado dos processos de liberalização da economia brasileira e avanço do ambientalismo, a comercialização de produtos florestais não madeireiros através de parcerias entre a FUNAI e empresas vem sendo apresentada como uma ferramenta para o desenvolvimento indígena e para a conservação ambiental na Amazônia. Sob a perspectiva do etnodesenvolvimento, entretanto, ainda não está claro se os regimes implementados por esse ‘indigenismo público-privado’ operam no sentido do empoderamento e da autonomia dos povos indígenas. Como exemplo concreto do problema, o artigo apresenta o caso da parceria entrea cooperativa Amazoncoop e a empresa de cosméticos The Body Shop .A pesquisa de campo no Médio Xingu (Pará) evidenciou que a parceria,ao reproduzir velhas formas da economia extrativista na Amazônia, foi incapaz de romper com a histórica assimetria de poder entre povos indígenas e a economia de mercado.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.20435/tellus.v0i16.176

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN Impresso: 1519-9452 - até TELLUS ano 14, n. 27, jul./dez. 2014
ISSN Eletrônico: 2359-1943