INFÂNCIA E EDUCAÇÃO GUARANI: PARA NÃO ESQUECER A PALAVRA

Ana Luisa Teixeira de Menezes, Sandra Regina Simonis Richter

Resumo


O encontro com a cosmologia Guarani, a partir das crianças, tem se revelado como encontro com a palavra antiga que os Guarani não querem esquecer, pois diz respeito ao sentido da casa, da morada de nossos saberes. A Opy como a “universidade” dos Guarani e a aldeia como lugar de educação coletiva na qual cada um pode encontrar o melhor de si mesmo apontam tanto para valores educacionais sustentados em uma poética e uma ética enraizadas no “estar sendo” da filosofia ameríndia de Kusch quanto para fontes de um pensamento que mescla a cotidianidade com o misterioso e o transcendente. Os desenhos das crianças e a convivência nas escolas de duas aldeias Guarani emergem como disparadores para um diálogo entre velhos, jovens e adultos Guarani e não Guarani, na vivência de aprendizados que pulsam intensamente entre a palavra do estar sendo ameríndio e do ser ocidental.

 

Palavras-chave: Crianças Guarani, descolonialidade, escola indígena.


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ISSN Impresso: 1519-9452 - até TELLUS ano 14, n. 27, jul./dez. 2014
ISSN Eletrônico: 2359-1943