Mü jé ha (“Vamos”): a fundação de aldeias kaingang no litoral do Rio Grande do Sul

Alexandre Aquino

Resumo


Nesse artigo analiso dados históricos e etnográficos contemporâneos acerca da mobilidade e dos deslocamentos dos Kaingang que atualmente vivem na região litorânea do Rio Grande do Sul. Num primeiro momento, procuro entender como este processo fundamenta-se a partir de aspectos socio cosmológicos. De fato, os Kaingang relacionam-se entre si e com os Outros que compõem seu cosmos, a partir da interação entre os que pertencem a uma ou outra metade, dos kujá (xamã) e dos pa i (cacique) que se articulam, nesse caso, para fundar aldeias na região litorânea. Ao viverem juntos e fundar aldeias na região litorânea, os Kaingang traduzem um amplo horizonte cultural que envolve as relações internas e externas ao kanhgág kar (em que kanhgág = ser humano e kar = todos, tudo;kanhgág kar traduz-se como coletivo de humanos).

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ISSN Impresso: 1519-9452 - até TELLUS ano 14, n. 27, jul./dez. 2014
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