Observações:
Uma diferença entre argumento válido e prova direta é que no segundo caso estamos interessados, normalmente, na construção do argumento a partir das premissas (nem todas as proposições que não são teorema são premissas).Todo argumento válido pode ``ser visto`` também como uma prova direta. (Pelas definições, chamando a conclusão de teorema)
Toda prova direta pode também ``ser vista'' como um argumento válido. (Pelas definições, chamando o teorema de conclusão e todas as outras proposições de premissas. Observe que se o argumento assim formado não fosse válido teriamos uma linha do tipo '1 1 1 ... 1 0' em sua tabela verdade...)
Exemplo 1
Teorema: s'
Premissas: t , t -> q' , q' -> s'
Prova:
1. t P 2. t -> q' P 3. q' MP 1,2 4. q' -> s' P 5. s' MP 3,4 Exemplo 2
Teorema: r + s'
Premissas: s.q , t->q' , t'->r
Prova:
1. s.q P 2. q S 1 3. (q')' DN 2 4. t->q' P 5. t' MT 3,4 6. t'->r P 7. r MP 5,6 8. r+s' A 7 Exemplo 3
Modelar a seguinte argumentação utilizando lógica proposicional. (Retirado do livro de L. Hegenberg)
- Anne assustou-se, esta noite, com um gato branco.
- Como sabe que foi um gato ?
- Bem, ela só poderia ter se assustado com um animal e só há cães e gato por lá. Se fosse um cão, o susto teria sido maior.
- E como sabe que o gato era branco ?
- Só temos gatos brancos e gatos pretos e os gatos pretos não seriam visíveis naquela escuridão.Teorema: Um gato branco assustou Anne (G.B)
Premissas:
Anne Assustou-se A Se ela se assustou, só poderia ser por causa de um cão ou de um gato. A -> (C + G) Se fosse um cão o susto teria sido maior C -> M O susto não foi maior M' Os gatos são pretos ou brancos (não ambos) G -> ( P ⊕ B) Gatos pretos não são visíveis (à noite) P -> V' Alguma coisa não visível não teria assustado Anne V' -> A' Prova:
1. A P Premissa 2. A -> ( C + G) P 3. (C + G) MP 1,2 Modus Ponens 4. C -> M P 5. M' P 6. C' MT 4,5 Modus Tollens 7. G SD 3,6 Silogismo Disjuntivo 8. G -> (P⊕B) P 9. P⊕B MP 7,8 10. P -> V' P 11. V -> P' EQ 10 Equivalência 12. V' -> A' P 13. V + V' Tautologia 14. P' + A' DC 11,12,13 Dilema Construtivo 15. P' SD 1,14 16. (P+B).(PB)' EQ 9 17. P+B S 16 Simplificação 18. B SD 15,17 19. G.B U 7,18 União Observações:
Qualquer argumento cuja conclusão é uma tautologia é um argumento válido (Nunca ocorre 1 0) Qualquer equivalência pode ser convertida em 2 argumento válidos. ( Quando A <=> B temos que A => B e B => A)
Técnica que pode ser usada quando o teorema é uma condicional ( r -> s ).
Utiliza o princípio da importação-exportação:P ->t ( r -> s) <=> (P.r) ->t s
pois
P->(r->s) <=> P'+(r->s) <=> P'+(r'+s) <=> (P'+r')+s <=> (P.r)'+s <=> (P.r)->sUsando este princípio podemos agora provar r->s, fazendo de r uma premissa (provisória) e
de s um teorema.Exemplo:
Teorema: r->p'
Premissas: p->q,r->q'
Prova:
1 r->q' P 2 r PP (Premissa Provisória) 3 q' MP 1,2 4 p->q P 5 p' MT 3,4 6 r->p' PC 2,5
Para provar p <-> q podemos provar separadamente p -> q e q -> p
Propriedade: De uma contradição pode-se deduzir qualquer coisa.Seja a contradiçãp p.p' e uma proposição qualquer T. Provaremos agora que T é um teorema usando p.p' como premissa:
1 p.p' P 2 p S 1 3 p' S 1 4 p + T A 2 5 T SD 3,4 A Técnica: Para provar p adicionamos p' ao conjunto de premissas e deduzimos uma contradição (não necessariamente envolvendo p ou p').
Exemplo:
Teorema: p'
Premissas: q'+r , p->r' , q
Prova:
1 (p')' PP (Premissa Provisória) 2 p DN 1 3 p->r' P 4 r' MT 2,3 5 q'+r P 6 q' SD 4,5 7 q P 8 q.q' U 6,7 9 p' PI 8 (8 é uma contradição)